Não é necessário ser vidente para
“adivinhar” os acontecimentos de um ano vindouro: um grave escândalo político,
a morte de uma personalidade célebre, o bordão criativo de uma novela, um
sucesso no cinema, o lançamento de um gadget
inovador e por aí vai. Todos os indicadores apontam para que 2013 seja um ano
normal, sem muitas surpresas, já que não teremos eleições e nem grandes eventos
esportivos. Será mesmo?
O ano de 2013 será na verdade uma
grande preparação para o futuro. Entramos agora no período que será o prelúdio
de fortes mudanças políticas no Brasil e no exterior, ainda que isso esteja restrito
aos conchavos políticos, que nem sempre chegam aos ouvidos da população.
Em Manaus, teremos o primeiro ano de
gestão de Arthur Neto, após um longo tempo distante do Executivo Municipal.
Vimos uma campanha pautada pela experiência e pelo profissionalismo do então candidato,
e devemos atentar para um mandato norteado pelos mesmos princípios. Para tanto,
o primeiro ano de mandato é fundamental, e nos dará uma ideia segura sobre se
teremos ou não uma cidade organizada dentro dos próximos quatro anos.
O ano de 2013 também será
significativo para a comunidade jurídica, dado o início da nova gestão da Ordem
dos Advogados do Brasil, Seccional do Amazonas. A advocacia é atividade
essencial na busca pela justiça, e somente uma OAB comprometida com o apoio ao
advogado é capaz de desempenhar o seu papel nesta busca.
No cenário político nacional, o ano
será permeado por tensões nos bastidores do poder. Com vistas à eleição
presidencial de 2014, nomes como Aécio Neves e Eduardo Campos ganham forças e
passam a figurar com mais frequência nas especulações sobre candidaturas, coligações
e alianças. A presidenta Dilma deve investir em uma gestão que lhe garanta bons
elementos de campanha à reeleição e, sobretudo, aliados fortes.
Será também o primeiro ano de gestão
de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo, em sua estreia num cargo
eletivo; para Lula, o bom desempenho de Haddad pode ser fundamental em uma
eventual disputa pelo Governo de São Paulo, como já se especulou. Além disso,
deveremos aguardar o desenrolar dos reiterados alvoroços iniciados ainda no ano
passado, como o caso Rosemary Noronha e a posse de políticos condenados no
julgamento da Ação Penal 470, do “mensalão”.
No panorama internacional, a grande
dúvida do ano recairá sobre a vida de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que
já passeia pela antecâmara da morte. A possível partida de Chávez porá a
ditadura venezuelana e sua política externa em uma situação imprevisível. Na
Europa, o despertar de um novo ano traz a esperança da superação da crise
internacional, e a expectativa da chegada de tempos menos difíceis.
Todos nós esperamos que 2013 seja um
normal, é claro. Contudo, será um ano de grandes expectativas, que ora serão
frustradas, ora serão realizadas. Para todos os efeitos, fiquemos atentos:
devemos ter o olhar sensível ao que se descortina com a alvorada de um novo
ano.
Publicado no jornal AMAZONAS EM TEMPO em 5 de janeiro de 2013.
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